
Bispos filipinos defendem cardeal Tagle após críticas de ONG de luta contra abusos sexuais

A Conferência Episcopal das Filipinas defendeu o cardeal Luis Antonio Tagle, visto como um dos prelados com maior probabilidade de se tornar o próximo papa, após críticas de uma ONG que luta contra o abuso sexual na igreja.
“A abordagem de alegações de má conduta por parte do clero cabe aos respectivos bispos diocesanos ou superiores religiosos” e não a Tagle, que trabalha em tempo integral na cúria romana, o órgão administrativo do Vaticano, disse a Conferência dos Bispos Católicos das Filipinas (CBCP) em um comunicado divulgado na noite de sábado.
“Desde sua nomeação para um cargo de tempo integral na Cúria Romana, o cardeal Tagle não tem mais autoridade direta sobre nenhuma diocese nas Filipinas”, disse a declaração, datada de 2 de maio.
A ONG Bishop Accountability, com sede nos EUA, que documenta casos de violência sexual na igreja, questionou esta semana a capacidade de Tagle e do cardeal italiano Pietro Parolin, outro favorito do pré-conclave, de proteger os menores.
Anne Barrett Doyle, co-diretora da organização, apontou em uma coletiva de imprensa fora dos muros do Vaticano que Tagle era arcebispo em Manila durante a “idade das trevas” do abuso sexual.
O novo papa será eleito a partir de quarta-feira em um conclave que reunirá 133 cardeais de todo o mundo na Capela Sistina do Vaticano, após a morte de Francisco em 21 de abril, aos 88 anos de idade.
S.Llorente--HdM