
"Vejo a Cadillac como meu último grande projeto na Fórmula 1", diz Pérez

O piloto mexicano Sergio "Checo" Pérez disse nesta quarta-feira (27) que sua nova equipe de Fórmula 1, a Cadillac, provavelmente será seu "último grande projeto" na elite do automobilismo.
Após sua saída da Red Bull no final da temporada passada, Checo foi anunciado na terça-feira como o novo piloto da escuderia americana, que se tornará a décima primeira equipe do Mundial de F1 no próximo ano, ao lado do igualmente experiente Valtteri Bottas.
"Estou voltando porque sou muito competitivo", disse o mexicano em entrevista coletiva na Cidade do México, onde foi ovacionado por dezenas de fãs.
"Merecemos retornar a esta corrida como deve ser feito, o que foi incrível", disse o piloto de 35 anos, que também pilotou pela Sauber e McLaren, além das extintas Force India e Racing Point.
Pérez deixou a Red Bull em meio a críticas por seu fraco desempenho, que no entanto não foi igualado por seus substitutos, e afirmou que se sentiu atraído pelo projeto de sua nova equipe.
"Gostei muito da Cadillac por causa do seu projeto ambicioso e da marca por trás dele, que é muito importante no meu país e em nível mundial", disse ele.
"O importante será lutar para pontuar rapidamente e depois lutar por pódios e vitórias... Me vejo colhendo os frutos", declarou o piloto. "Vejo isso como meu último grande projeto na Fórmula 1", acrescentou.
- Em paz com a Red Bull -
Pérez considerou que a Fórmula 1 será impulsionada pela chegada da Cadillac, que, segundo ele, trará a competitividade dos esportes americanos.
"A forma como nosso esporte cresceu nos Estados Unidos é incrível, e crescerá ainda mais com uma equipe que representa o país", disse ele.
O piloto mexicano também elogiou seu novo companheiro de equipe, o finlandês Valtteri Bottas, que completa 36 anos na quinta-feira.
"Ele é um piloto muito completo e um dos mais bem-sucedidos da Fórmula 1. Juntos, levaremos a Cadillac ao topo", comentou, sem mencionar quem será o número um da equipe.
Pérez também homenageou sua antiga equipe, a Red Bull, a quem defendeu de 2021 a 2024, ajudando o holandês Max Verstappen a conquistar quatro títulos mundiais consecutivos.
E afirmou que "sabia" que seu substituto — primeiro Liam Lawson e depois Yuki Tsunoda — teria dificuldades ao volante de um carro complicado.
"É um carro muito difícil de pilotar. Você tem que se adaptar constantemente ao estilo do Max em vez de evoluir, e os resultados estão aí", afirmou.
Checo também falou sobre os novos regulamentos que serão implementados para os carros na próxima temporada, com novas unidades de potência, mais potência elétrica e um chassi mais leve, o que permitirá que eles atinjam velocidades de 400 quilômetros por hora.
"Os carros serão mais lentos nas curvas, mas mais rápidos nas retas", observou.
E.Pineda--HdM