Heraldo de Madrid - Netanyahu anuncia recuperação dos corpos de dois reféns em Gaza durante operação especial

A operação especial foi coordenada pelo Exército e pela agência de segurança interna Shin Bet, segundo o chefe de Governo.

Graças a esta operação, "foram devolvidos a Israel os corpos de dois de nossos reféns que estavam nas mãos da organização terrorista assassina Hamas: Judy Weinstein-Haggai e Gad Haggai, do kibbutz Nir Oz. Que sua memória seja abençoada", afirmou o premiê.

"Judy e Gad foram assassinados em 7 de outubro e levados para a Faixa de Gaza", acrescentou.

Os corpos foram recuperados na área de Khan Yunis, sul da Faixa de Gaza, em uma operação realizada durante a noite, segundo um comunicado conjunto do Exército e do Shin Bet.

Segundo um comunicado do kibbutz Nir Oz, o casal, que tinha quatro filhos e sete netos, foi "assassinado e sequestrado em 7 de outubro no campo próximo a sua casa" nesta comunidade agrícola, a poucos quilômetros de Gaza.

Nir Oz informou que 117 habitantes do kibbutz morreram e mais de 60% de suas casas foram destruídas durante o ataque.

Gadi Haggai, que tinha 72 anos no momento do assassinato, era "um homem de espírito dinâmico (...) muito ligado à terra", e sua esposa Judy Weinstein Haggai, 70 anos, era "professora de inglês especializada em crianças com necessidades especiais", segundo o kibbutz. Ela também tinha cidadania canadense.

Sua família, citada no comunicado do kibbutz, agradeceu aos militares pelo retorno do casal, que permitirá um enterro "apropriado em casa, em Israel".

O presidente israelense, Isaac Herzog, descreveu o retorno dos corpos como "um momento de profunda dor, mas também de consolo".

"Continuaremos fazendo tudo ao nosso alcance para trazer de volta do inferno nossas irmãs e irmãos", afirmou em uma mensagem no X.

O ataque do Hamas em Israel de outubro de 2023, que desencadeou a guerra, provocou as mortes de 1.218 pessoas do lado israelense, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais.

Das 251 pessoas sequestradas naquele dia, 55 continuam em cativeiro em Gaza, das quais pelo menos 32 morreram, segundo as autoridades israelenses.

Mais de 54.600 palestinos, a maioria civis, morreram na campanha militar israelense de represália, segundo dados do Ministério da Saúde do Hamas, considerados confiáveis pela ONU.

M.Soler--HdM